Não Representa A Realidade ! Xanana Prefere Reforma Conselho Segurança da ONU

Imagem: Primeiro-Ministro Kayrala Xanana Gusmão em Nova Iorque. Foto : PM Media

SAPNewsTL, Nova Iorque – Primeiro-Ministro Timor-Leste Kayrala Xanana Gusmão considera que a estrutura do Conselho de Segurança da ONU não é obsoleta, ineficaz e não representa a situação real do mundo.

O Primeiro-Ministro Kayrala Xanana Gusmão declarou para reformar a estrutura do Conselho de Segurança da ONU porque a estrutura se tornou obsoleta, ineficaz e não representa a realidade que emerge na sociedade internacional.

“Defendo a reforma estrutural no Conselho de Segurança, que se tornou obsoleta, ineficaz e não representa a realidade. . Primeiro-Ministro Kayrala Xanana Gusmão disse em Nova Iorque, 22/09/2024.

O Líder Mundial afirmou: “Defendo o alargamento dos membros permanentes do Conselho de Segurança, para uma maior representatividade e legitimidade geográfica, cultural e económica”.

Xanana Gusmão sublinhou que sem paz o desenvolvimento não funciona, pelo que é necessário investir na educação como o melhor investimento para o desenvolvimento sustentável e para a pás.

“Sabemos que sem paz não há condições para o desenvolvimento. É por isso que investir na educação dos nossos jovens é o melhor investimento para o desenvolvimento sustentável e para a paz”. Ele disse.

O antigo líder guerrilheiro de Timor-Leste considera a paz é um conceito abstrato para muitos países do mundo. Está também preocupado com o Sahara Ocidental, que ainda não teve um referendo.

“A paz é um conceito abstrato para muitos países do mundo. O Sahara Ocidental aguarda pelo seu referendo desde 1992. Foram 32 anos de espera! O direito internacional não chegou a esta última colónia de África, ignorada e esquecida”. Xanana Gusmão preocupado

A comunidade internacional ainda não encontrou uma solução multilateral para o futuro da paz para muitos países do mundo, da Palestina à Ucrânia, do Iémen ao Sudão, da República Centro-Africana à República Democrática do Congo, do Afeganistão a Myanmar, e do Haiti a muitos países frágeis e em conflito.

“As Nações Unidas foram criadas após a Segunda Guerra Mundial para preservar a paz mundial, os direitos humanos e o desenvolvimento internacional. No entanto, vivemos no desordem, na incerteza, na instabilidade e no conflito. Enfrentamos desafios cada vez mais complexos, incluindo a crise climática, a desigualdade extrema e as crescentes tensões geopolíticas”. Xanana declara

Os Países Menos Desenvolvidos (PMD) e os Pequenos Estados Insulares em Desenvolvimento (PEID) aguardam pacientemente por soluções mais flexíveis, mais inclusivas e mais reativas.

Os meios e o financiamento para alcançar os Objectivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) são defíceis. Têm dificuldade em combater a pobreza extrema, a insegurança alimentar, as crises humanitárias e as alterações climáticas, a perda de biodiversidade e a degradação ambiental que ameaçam a existência de alguns Estados insulares, especialmente no Pacífico.

“Aqueles que menos contribuem para as crises globais são os que sofrem primeiro, os que mais sofrem e os que muitas vezes sofrem isoladamente.” Ele disse

“São vítimas de actores e políticas internacionais irresponsáveis ​​que valorizam o lucro e o poder em detrimento da dignidade humana. Os dados do Índice Global da Fome são alarmantes. É quando faltam apenas 6 anos para atingir os ODS!

Que mundo é este em que todos vivem, onde se pode alimentar as guerras, mas não se pode alimentar as crianças?

“Assistimos à morte de milhares de pessoas no Mediterrâneo que abandonaram a sua terra natal para escapar ao conflito e à pobreza. Esperamos que com este “Pacto para o Futuro”, a comunidade internacional, nomeadamente os líderes mundiais, possam olhar para este problema com maior sensibilidade do que apenas comentar a questão da imigração”.

O Primeiro-Ministro de Timor-Leste considera muito difícil implementar os princípios da transparência, da prestação de contas e da confiança.

“É difícil implementar os princípios da transparência, da prestação de contas e da confiança, enquanto os países ricos e desenvolvidos continuam a decidir pelos países pobres e em desenvolvimento. Há pessoas que decidem sobre nós, sem nós”.

“Defendo um maior investimento na diplomacia preventiva que identifique as causas dos problemas e fortaleça os processos nacionais, e maiores esforços diplomáticos para ouvir e compreender, em vez de impor soluções teóricas descontextualizadas”. Xanana defende investimento

Xanana Gusmão defende um cessar-fogo seguido de negociações, mesmo que por um longo período, é sempre melhor do que fornecer armas para derrotar o inimigo porque, pelo menos, haverá crianças e mulheres que se tornarão vítimas um pouco demais do conflito.

O eminente líder do G7+ defende também a luta contra a estrutura económica oportunista e desigual no mundo.

“Defendo também a luta contra estruturas económicas oportunistas e desiguais, bem como um maior apoio financeiro e redução da dívida para os países em desenvolvimento. A comunidade internacional deve financiar os esforços de desenvolvimento global”.

Xanana Gusmão elaborou “há uma grande necessidade de um pacto para o futuro, um pacto de reformas que olhe para o futuro com base nos desafios globais do presente, e que renove a confiança de todos, especialmente da nova geração que será implementada.

“Afinal, vivemos todos no mesmo planeta, somos todos cidadãos do mundo, somos interdependentes e partilharemos o futuro que hoje escolhermos. disse Xanana Gusmão.

Entretanto, a cimeira internacional contou com a presença de chefes de Estado, chefes de governo e líderes diplomáticos dos estados membros das Nações Unidas (ONU).

Jornalista: Marciana Da Conceição

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